No meu aniverário ganhei 2 livros da autora que eu estava namorando desde a Bienal do Livro e, é claro, super indico para quem ama boa literatura.
São eles:
Só para mulheres
A publicação dá prosseguimento ao resgate da obra jornalística de Clarice Lispector, iniciado em 2006, com o livro Correio feminino. Esta nova coletânea – organizada por Aparecida Maria Nunes, doutora em literatura brasileira pela USP – recupera as colunas femininas assinadas pela escritora sob os pseudônimos de Tereza Quadros e Helen Palmer, e como ghost-writer da atriz Ilka Soares, para o tablóide Comício e os jornais Correio da Manhã e Diário da Noite, nas décadas de 50 e 60. São mais de 290 textos inéditos, com a elegância característica de Clarice e organizados na forma de conselhos, receitas e segredos, tratando com habilidade e leveza os assuntos prosaicos do cotidiano de todas as mulheres. Uma verdadeira viagem ao tempo em que o dito “sexo frágil” tinha como sua única função ser a “rainha do lar”.
“Sejam vocês mesmas! Estudem cuidadosamente o que há de positivo ou negativo na sua pessoa e tirem partido disso. A mulher inteligente tira partido até dos pontos negativos. Uma boca demasiadamente rasgada, uns olhos pequenos, um nariz não muito correto podem servir para marcar o seu tipo e torná-lo mais atraente.
Desde que seja seu mesmo.” (Helen Palmer)
Minhas queridas
Organizado pela biógrafa Teresa Montero, Minhas queridas traz a correspondência – 120 cartas inéditas – enviada por Clarice Lispector para suas “queridas” irmãs, Tania Kaufmann e Elisa Lispector, entre 1944 e 1959, período em que acompanhou seu marido, o diplomata Maury Gurgel Valente, em suas missões no exterior. Material precioso e fundamental, não só por cumprir seu papel de preservar a memória da literatura brasileira e, portanto, os pormenores e meandros da criação, como também – e sobretudo – por delinear os vinte anos iniciais de atividade literária de uma autora que fascina gerações e gerações de leitores.
“o que tem me perturbado intimamente é que as coisas do mundo chegaram para mim a um certo ponto em que eu tenho que saber como encará-las, quero dizer, a situação da guerra, a situação das pessoas, essas tragédias. Sempre encarei com revolta. Mas ao mesmo tempo sinto necessidade de fazer alguma coisa, sinto que não tenho meios. Você diria que eu tenho, através do meu trabalho. Eu tenho pensado muito nisso e não vejo caminho, quer dizer, um caminho verdadeiro.”
Fonte: Clarice Lispector
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