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22 janeiro 2010

Misto-quente

Após Factótum, estou lendo Misto-quente, que é considerado por muitos a obra-prima de Charles Bukowski.
O livro é incrível e acredito que ninguém passe ileso por ele, ou por Bukowski, um dos grandes nomes da Geração Beat.
Super indico!


Resenha:
O que pode ser pior do que crescer nos Estados Unidos da recessão pós-1929? Ser pobre, de origem alemã, ter muitas espinhas, um pai autoritário beirando a psicopatia, uma mãe passiva e ignorante, nenhuma namorada e, pela frente, apenas a perspectiva de servir de mão-de-obra barata em um mundo cada vez menos propício às pessoas sensíveis e problemáticas. Esta é a história de Henry Chinaski, o protagonista deste romance que é sem dúvida uma das obras mais comoventes e mais lidas de Charles Bukowski (1920-1994).

Verdadeiro romance de formação com toques autobiográficos, Misto-quente (publicado originalmente em 1982) cativa o leitor pela sinceridade e aparente simplicidade com que a história é contada. Estão presentes a ânsia pela dignidade, a busca vã pela verdade e pela liberdade, trabalhadas de tal forma que fazem deste livro um dos melhores romances norte-americanos da segunda metade do século XX. Apesar de ser o quarto romance dos seis que o autor escreveu e de ter sido lançado quando ele já contava mais de sessenta anos, Misto-quente ilumina toda a obra de Bukowski. Pode-se dizer: quem não leu Misto-quente, não leu Bukowski.


O próximo da minha lista de leituras obrigatórias é On The Road, de Jack Kerouac, também escritor da Geração Beat.
O livro inspirou a coleção de Inverno 2010 da Maria Bonita Extra.

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